APORMOR convida os estudantes do ISA, aos quais dará todo o apoio que necessitem, a realizarem em Montemor-O-Novo a iniciativa rejeitada pelo Provedor do Animal de Lisboa; Direção da instituição de ensino superior que no passado foi uma referência na área das Ciências Agrárias deve ponderar se está à altura de cumprir a sua missão de formar futuros profissionais aptos a desenvolverem atividade no mundo rural.
Na sequência do cancelamento da vacada que estava a ser promovida pelos estudantes do Instituto Superior de Agronomia (ISA), motivada por um parecer do Provedor do Animal de Lisboa, a APORMOR – Associação de Produtores do Mundo Rural da Região de Montemor-O-Novo, lança publicamente um convite aos estudantes daquele Instituto sedeado em Lisboa a realizarem o evento em Montemor-O-Novo.
De acordo com Joaquim Capoulas, Presidente da APORMOR, “a nossa associação, que tem mais de 300 associados e representa uma estrutura essencial na fileira dos bovinos, ovinos e caprinos em termos nacionais, dará todo o apoio que seja necessário para que este evento se realize na data que for conveniente para os estudantes, assim estes aceitem o convite que publicamente endereçamos. Ao contrário do Provedor do Animal de Lisboa, nós damos um claro parecer positivo à realização deste evento e todas as garantias de que o bem-estar animal estará assegurado. Os estudantes que em Lisboa, numa instituição de ensino superior dedicada à agricultura e ao mundo rural, não encontram condições para beneficiar de uma situação de são contacto com os animais de que é suposto saberem tirar devido proveito e uso, podem estar descansados que encontrarão em Montemor-O-Novo o melhor acolhimento e a oportunidade para lidarem de perto com a realidade que no futuro, desejavelmente, será a sua, pois Portugal precisa de técnicos e de profissionais que sejam capazes de contribuir para o desenvolvimento e afirmação do nosso mundo rural”.
A valorização do mundo rural faz-se de proximidade e de envolvimento. O que está em causa com este cancelamento não é o bem-estar animal, mas sim uma visão ideológica de quem acha que todos os animais são animais de companhia e que não desempenham funções importantes ao nível agrícola, mas também ambiental. Os estudantes devem poder fazer a sua vacada. Se quiserem vir serão bem acolhidos e terão todo o nosso apoio.
Esta situação de submissão da Direção do ISA a uma agenda ideológica que desconsidera, por profundo desconhecimento e preconceito, o papel e lugar dos animais no mundo rural – e que nega aos jovens, no seu percurso académico e formativo, o contacto próximo com estes animais – mostra que não está seguramente a desempenhar um bom papel. Este lamentável alinhamento da Direção do ISA com uma recomendação sem fundamento e sem sentido deveria levar a um debate alargado na sociedade e na academia sobre que pertinência, que utilidade e que sentido faz a existência desta instituição de ensino superior na capital do país.
Fonte: APORMOR