O vice-ministro Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Olegário Banze, defendeu hoje, em Maputo, a necessidade de investimento na modernização de infraestruturas e novas tecnologias, para apoiar o setor no país.
“Precisamos investir em infraestruturas que apoiem a agricultura e apoiem ao mesmo desenvolvimento rural. Estamos a falar de sistema de irrigação mais eficientes, estradas rurais, infraestruturas de armazenamento e de transporte”, disse o vice-ministro, na abertura do retiro do Departamento de Agricultura e Agro-indústria do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O evento reúne especialistas do BAD na área da agricultura para avaliar as realizações do departamento nos últimos seis anos, debater uma nova estratégia do departamento e aumentar a eficácia operacional do portfólio atual.
O vice-ministro defendeu o acesso à tecnologia e inovação, na agricultura, para melhorar a competitividade do país no setor: “A introdução de tecnologias modernas como sementes melhoradas e técnicas de agricultura de precisão vão nos ajudar a termos um setor agrícola competitivo que vai complementar as condições naturais que Moçambique oferece para esta competitividade”.
Banze destacou ainda a necessidade de garantir que os agricultores tenham acesso a mercados, “para o seu sucesso”.
“Devemos trabalhar para melhorar as cadeias de valor, as redes de distribuição para que sejam mais eficientes”, detalhou o vice-ministro, destacando igualmente a promoção de parcerias público-privadas também na agricultura.
“Entendemos que as parcerias entre o setor público e o setor privado são essenciais. Devemos criar um ambiente favorável que encoraje essas colaborações e maximize o impacto positivo dos investimentos no setor privado”, frisou Banze.
Reiterou ainda “o compromisso do Governo de Moçambique em continuar trabalhar estreitamente com o Banco Africano de Desenvolvimento e outras instituições internacionais”, com o objetivo de “transformar os desafios em oportunidades”.
Em maio, a Lusa noticiou que a carteira de financiamentos ativos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique ascende atualmente a 1.323 milhões de dólares, segundo dados avançados pelo Governo, que espera alargar esse apoio a projetos de resiliência às alterações climáticas
“São projetos estruturantes que têm um impacto significativo na melhoria da vida dos cidadãos e que permitem completar aquilo que são os recursos do Estado na concretização do plano quinquenal do Governo”, disse à Lusa na altura, a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, à margem dos encontros anuais do BAD, na capital do Quénia.
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.