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– 30-07-2008 |
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OMC: Fracasso das negocia��es evidencia diverg�ncias entre grandes grupos de paísesO fracasso das negocia��es na OMC evidenciou as diverg�ncias existentes entre países ricos e os países em desenvolvimento, mas Também no seio destes dois blocos, sobre como aumentar a liberaliza��o no com�rcio mundial. Depois de nove dias de negocia��es, os representantes dos 153 países membros da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) separaram-se teráa-feira � noite sem acordo e praticamente sem perspectivas de conclusão do ciclo de Doha, lan�ado no final de 2001. Enquanto, em nome da União Europeia, o comissário para o Com�rcio, Peter Mandelson, falava de "passo atr�s para o sistema de com�rcio internacional" e dizia esperar uma retoma do processo no Outono, "ap�s um Ver�o de reflex�o", em Roma o ministro da Agricultura italiano, Luca Zaia, felicitava-se perante o fracasso, considerando que um acordo a "qualquer pre�o" teria penalizado a agricultura italiana. Em Paris, a secret�ria de Estado do Com�rcio, Anne-Marie Idrac, questionou a viabilidade de uma organiza��o do debate entre 153 países sobre todas as questáes comerciais. "Tornou-se inating�vel", considerou, sublinhando que será preciso "ter em conta a aus�ncia de consenso" no seio dos Estados da União Europeia sobre as negocia��es na OMC "nas etapas que se seguiráo". "Os membros da OMC dever�o perguntar-se honestamente se desejam voltar a colar os cacos e como faz�-lo", declarou, por seu lado, o pr�prio director-geral da OMC, Pascal Lamy. As discuss�es fracassaram no mecanismo de salvaguarda especial (SSM) que permite aos países em desenvolvimento aumentar os direitos alfandeg�rios face uma s�bita e forte subida das importa��es agr�colas. A �ndia queria um patamar de desenvolvimento deste mecanismo mais baixo, os Estados Unidos um mais alto. A discussão em torno do SSM abriu Também uma brecha no grupo dos países em desenvolvimento, fazendo renascer os antagonismos entre os grandes exportadores agr�colas (Brasil, Uruguai ou Paraguai) e os que desejam proteger os pequenos agricultores (�ndia, Indon�sia e Filipinas). Mas as diverg�ncias de interesse entre os países em desenvolvimento não se limitam ao sector agr�cola. Ao aceitar as propostas postas na mesa pelo director-geral da OMC, Pascal Lamy, no grupo das pot�ncias comerciais mundiais (EUA, UE, �ndia, Brasil, China, Austr�lia e Jap�o), o Brasil, que dirige o G-20 dos países emergentes, entrou Também em conflito com os seus parceiros do Mercosul, no que respeito � liberaliza��o do com�rcio dos bens industriais. A Argentina acusou Bras�lia de provocar "uma tensão" no seio do Mercosul, a uni�o alfandeg�ria que re�ne os dois países e e ainda Paraguai e Uruguai. Sobre os bens transformados, a Argentina, mas Também a �frica do Sul, que procuram proteger as suas jovens ind�strias das redu��es acentuadas dos direitos alfandeg�rios, fizeram claramente saber que estavam contra as propostas apresentadas neste campo por Pascal Lamy. Outras crispa��es apareceram Também entre os países menos desenvolvidos (PMD) que se dividiram sobre o acesso ao mercado americano. Enquanto o conjunto dos PMD beneficia de um acesso sem quotas nem direitos alfandeg�rios ao mercado da União Europeia, os Estados Unidos s� concedem este privil�gio aos países africanos. O Bangladesh e o Cambodja, que fazem parte dos PMA, desejariam obter o mesmo estatuto para exportar os seus t�xteis para os Estados Unidos, o que � contestado pelo Lesoto, ele pr�prio exportador de vestu�rio, que receia esta concorr�ncia.
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