A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) pede ao Governo para que dê prioridade ao sector agrícola no «número de postos de combustível e na devida repartição em todas as regiões do País (incluindo zonas rurais) em relação ao gasóleo colorido e ao normal, pois podem efectivamente estar em causa milhares de explorações e milhares de postos de trabalho.»
Num comunicado enviado às redacções, a associação defende que esta greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, por tempo indeterminado, ameaçando o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias, afecta com especial destaque as empresas do sector agrícola e pecuário que, inclusive, «poderão falir».
«Várias colheitas e distribuição de frutas e hortícolas podem estar em elevado risco, também as vindimas, caso o período de greve se estenda, transportes de rações e outros alimentos animais, o sector do leite, quer na recolha aos agricultores, quer na distribuição aos consumidores, bem como para os sectores das aves e suínos, que estão em grande risco».
Os jovens agricultores alertam que «as colheitas não podem ser postas em causa. É urgente a existência de combustível para que os agricultores possam operar as suas máquinas (tratores e alfaias agrícolas), para fazerem as suas colheitas e escoarem os seus produtos».