Falta de água preocupa população e empresários.
A seca que se fez sentir no início do ano no interior do país continua a causar prejuízos. A Albufeira do Castelo de Bode subiu 1%. No entanto, este ainda é o valor mais baixo desde a década de 90 do século passado.
É o valor mais baixo registado nos últimos 21 anos na Albufeira da Barragem de Castelo de Bode. Os dados da Agência Portuguesa do Ambiente dão conta de que, neste momento, se regista um armazenamento na ordem dos 73% nesta albufeira que abastece a região de Lisboa e Vale do Tejo.
No início de 2022, a Albufeira de Castelo de Bode atingiu mínimos históricos. A falta de precipitação e as sucessivas descargas da barragem levaram a níveis preocupantes naquele que é considerado um dos mais importantes reservatórios estratégicos de Portugal.
Além do abastecimento de água para consumo, é também neste lago artificial que se fazem grande parte das manobras de scooping para o abastecimento dos meios aéreos de combate às chamas. A falta de água obrigou, entretanto, a que a proteção civil distrital desativasse parte destes pontos de abastecimento, um problema que se estende ao turismo.
Numa região onde este setor ganha cada vez mais relevância económica, empresários e população, esperam por um rápido regresso à normalidade.
A agricultura é outro dos setores que ultrapassa graves dificuldades no território. Além da seca, que se estende aos campos agrícolas, o aumento do preço dos combustíveis e a consecutiva inflação estão a ditar o encerramento da atividade económica para vários produtores.
A Agência Portuguesa do Ambiente e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo estão agora numa fase de estudo para a elaboração de um plano estratégico para esta albufeira.