Comunicado � Imprensa
Nem�todo da Madeira de Pinheiro Governo estuda medidas de apoio apresentadas pela AIMMP
Chama-se PR�SSERRA, tem por objectivo a revitaliza��o da ind�stria de serra��o de madeira, e � o mais recente programa desenvolvido pela aimmp para apoiar o sector no combate ao nem�todo da madeira de pinheiro. O programa j� foi apresentado ao Governo, que aprovou as suas linhas principais, e dele poder�o beneficiar as serra��es, apresentando estas candidaturas individuais aos sistemas de incentivos do QREN, cujo concurso abre a 15 de Setembro. A aimmp disponibilizar� todo o apoio t�cnico na elabora��o dessas candidaturas
�A doen�a do nem�todo do pinheiro e a recente legisla��o que imp�e fortes medidas restritivas � exportação de madeira são uma aut�ntica calamidade nacional, que agrava de forma dram�tica os constrangimentos que enfrenta a ind�stria de serra��o.� A afirma��o � do presidente da aimmp, Fernando Rolin, referindo-se � recente classifica��o de todo o país como área afectada pelo nem�todo e �s medidas a aplicar, que passam, entre outras, pela obriga��o de um tratamento t�rmico � madeira de pinheiro, atestado por um certificado fitossanit�rio.
Por isso, o presidente desta associa��o não tem d�vidas: �Os custos do tratamento da praga devem ser financiados pelo Governo, � semelhan�a do que � efectuado noutras situa��es de calamidade determinadas por circunst�ncias de for�a maior, não imput�veis aos produtores e empres�rios.� Fernando Rolin está mesmo convicto de que �esta será a �nica forma de manter a competitividade da nossa ind�stria�. O dirigente associativo considera até que, sendo o encerramento de muitas serra��es inevitavelmente determinado pela praga do nem�todo, não imput�vel � organiza��o empresarial, �dever� o Estado suportar os �custos sociais� da� decorrentes�.
Transformar o problema em oportunidade
Mas, Fernando Rolin defende que esta �calamidade nacional� dever� ser aproveitada pelo sector como uma �oportunidade derradeira para a reestrutura��o da ind�stria de primeira transforma��o�.
E passa a explicar: �A floresta ainda não se recomp�s dos inc�ndios de 2003 e 2005, nos quais arderam cerca de 425 e 325 mil hectares. Tal facto, aliado � falta de ordenamento do territ�rio e � aus�ncia de implementa��o efectiva dos planos de gestáo, tem contribu�do para um constrangimento de fundo da ind�stria de serra��o. Com a diminui��o dos inc�ndios, quer devido �s condi��es meteorol�gicas quer devido ao investimento em estruturas de combate, a verdade � que a floresta deixou de ser notícia, não obstante continuar a enfermar dos mesmos problemas estruturais. O nem�todo ao agravar este constrangimento obriga-nos a encarar o problema e definir estratégias de m�dio e longo prazo, numa perspectiva econ�mica e empresarial, que garantam o abastecimento de madeira e o desenvolvimento sustentado da ind�stria.� Uma situa��o que implicar� uma actua��o integrada a dois n�veis: sobre a oferta de madeira e sobre a primeira transforma��o industrial.
Neste contexto, a aimmp vai promover o PR�SSERRA � Programa para a Revitaliza��o da Ind�stria de Serra��o de Madeira. As medidas previstas por este j� foram submetidas ao Governo, por forma a encontrar-se o financiamento adequado � concretização do mesmo, e tem por objectivo levar o sector a atingir os n�veis que são conhecidos actualmente noutros países. A aimmp encontra-se, ainda, a negociar com o IAPMEI um aceso r�pido e expedito �s linhas de cr�dito PME Investe.
Entre outras ac��es, o PR�SSERRA prev� a concep��o e implementa��o de um processo pr�tico e objectivo, que permitirá informar os produtores e os agentes reguladores da Administração Pública sobre quais os consumos anuais de madeira de pinho, bem como a identifica��o das necessidades reais do sector durante os próximos 20 anos. Fernando Rolin garante que tudo isto consistirá num �intenso trabalho de campo, de total proximidade com a ind�stria, através de visitas a todas as serra��es e estabelecimentos de primeira transforma��o�, e que a aimmp está em posi��o de o poder realizar.
Medidas de apoio �s empresas
�Nunca em Portugal uma associa��o se prop�s a visitar todas as ind�strias do seu sector numa l�gica de aconselhamento, tal como a aimmp vai agora fazer em rela��o � serra��o�, salienta Fernando Rolin, a prop�sito das medidas aprovadas pelo Governo, no passado dia 22 de Julho, numa reuni�o do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal, do qual a aimmp � membro. Esta reuni�o contou com a presença do secret�rio de estado do Desenvolvimento Rural das Florestas, do director geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, do director geral dos Recursos Florestais e de representantes do Ministério da Economia e Inovação.
Dotar as serra��es de todos os meios adequados para o tratamento t�rmico da madeira, ora equipando as grandes unidades com mais secadores, ora instalando todos os equipamentos necess�rios para o referido tratamento nas pequenas e médias empresas, � uma das medidas abrangidas pelo PR�SSERRA com car�cter urgente. A identifica��o de uma entidade para a emissão de certificados fitossanit�rios foi outra das propostas aprovadas pelo Governo.
O PR�SSERRA prev� ainda medidas para o curto/ m�dio prazo, tais como: oferta de incentivos para a rearboriza��o com Pinho Bravo; desenvolvimento de Estudo do Genoma do Pinheiro Bravo, a fim de desenvolver uma esp�cie resistente ao nem�todo; instaurar um Observatério de Competitividade da Fileira do Pinho. J� a m�dio/ longo prazo, o programa inclui investimento em equipamentos de nova gera��o e processos de coopera��o ou concentra��o empresarial para aumentar a efici�ncia empresarial.
A aimmp pediu ainda ao Governo que, antes de se avan�ar para opera��es de corte da madeira afectada, informe a ind�stria da madeira disponível. que deve ser encaminhada para a serra��o, estilhagem ou biomassa e da que deve ser queimada in-loco. A reuni�o do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal não chegou ao fim sem que Fernando Rolin tenha sugerido um apoio por parte do Ministério do Trabalho e da Seguran�a Social para as empresas que v�o necessitar de um período de tempo para a sua reestrutura��o � algumas empresas poder�o ter que fechar entre seis a oito meses. A medida foi recebida com entusiasmo e está ainda em discussão no Governo.
Do nem�todo do pinheiro � economia: impactos sobre o sector
� adoptando um antigo ditado popular que o presidente da aimmp costuma dizer: �Quem olha para a �rvore, não v� a florestal; e quem olha para a floresta, não v� a economia�. O mesmo racioc�nio aplica agora � praga que se abate sobre o pinheiro. �Quem olha s� para o nem�todo, está-se a esquecer de ver a economia!�, diz, alertando para os preju�zos que as medidas restritivas � exportação de madeira v�o causar no sector.
Considerando a dimensão das ind�strias de serra��o, podemos caracterizar a grave situa��o vivida, em tr�s n�veis: as unidades de grande, média ou pequena dimensão.
Unidades de grande dimensão . Estas estáo equipadas com unidades de secagem, mas que não são suficientes para o tratamento de toda a madeira que exportam. não obstante a capacidade destas para comprarem novos secadores, surtem dois problemas: a falta de espaço para instalar os novos equipamentos e a dificuldade em obter o respectivo licenciamento; e a perda de competitividade ao imputar no pre�o final do produto os 20% de acr�scimo no custo de produ��o, determinado pelas novas exig�ncias de tratamento t�rmico.
Unidades de média dimensão . Estas não estáo dotadas do equipamento necess�rio para efectuar o choque t�rmico, mas possuem vontade e capacidade financeira para o adquirir. Por�m, considerando que o prazo de entrega e instala��o daqueles equipamentos ronda os seis a oito meses e que durante este período não v�o poder exportar os seus produtos, estas empresas estáo condenadas, entretanto, a trabalhar para stock. �, pois, expect�vel que muitas j� não abram no p�s-f�rias.
Unidades de pequena dimensão . Estas não t�m capacidade financeira e operacional para instalar as unidades de tratamento t�rmico. Por isso, muitas j� se encontram em processos de encerramento, que entrar�o em fase de grande acelera��o no p�s-f�rias, se entretanto nada for feito. |
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Apontadores relacionados: |
Artigos |
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Agronotícias (28/07/2008) – CNA: Doen�a do nem�todo do pinheiro
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Agronotícias (25/07/2008) – Nem�todo da Madeira de Pinheiro – Texto de trabalho do Conselho Consultivo para a Fitossanidade Florestal
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Agronotícias (23/07/2008) – aimmp: Praga atinge a ind�stria de mobili�rio portugu�s
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Fonte: AIMMP |
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