Em Portugal, há consumidores de primeira e de segunda. Uns têm direito a uma folgazinha da máquina tributária do Estado que vai devorando o que sobra do salário português com apetite pantagruélico, outros nem por isso.
Ao que parece alguns artigos alimentares vão deixar de ser tributados pelo Estado Português entre abril e outubro deste ano, mais concretamente, uma panóplia de itens cuja preço de aquisição o governo paternalisticamente considera que deve baixar, já que serão aqueles que os portugueses consomem mais regularmente, e que representam de forma proporcional aquilo que é a nossa roda dos alimentos atual que, por sua vez, não parece estar muito alinhada com a realidade de consumo em Portugal nem com a emergência climática que vivemos.
A lista inclui um conjunto limitado de cereais e tubérculos, mas suficiente para o bom português, uma panóplia das hortícolas que se habitualmente atira para uma sopa, cinco tipos de fruta atiradas ao misto que não devem agradar a gregos e troianos, apenas quatro tipo de leguminosas, sendo que quem gosta mais de feijão branco do que vermelho lá terá que fazer o exercício de daltonismo gastronómico, laticínios convencionais […]